O que sou toda a gente é capaz de ver;
Mas o que ninguém é capaz de imaginar é até onde sou e como

Miguel Torga

domingo, 27 de janeiro de 2008

Por exemplo,

posso vestir o meu vestido preto.
Aquele justo, de malha, com as botas de cano alto.
Posso vestir a lingerie preta, nova, que comprei a pensar numa ocasião assim.

E depois de dois dedos de conversa, sim, porque gostamos de fazer charme um com outro, gostamos de seduzir, de olhar, de tocar subtilmente e sabes exactamente as palavras certas, no momento certo. Mas eu agora não queria muita conversa.

Consigo descrever-te a cena seguinte, exactamente...

Gostas de sentir as minhas mãos no teu corpo?! Pelo menos eu gosto de as sentir no teu.

Eu sei que não vais resistir à tentação de enfiar as tuas debaixo do meu vestido. E eu vou deixar.

A seguir podemos brincar um com o outro. Eu até sei o que queres. Pode ser...

É estranho como contigo perco todos os pudores.

Consigo ouvir a música a tocar, sabes a que eu gosto. Vejo a luz das velas a flutuar e os corpos à luz.

Sinto o teu corpo contorcer-se... prazer!!! Também quero!

E depois de tanto tempo e de tantas tentativas, depois de deseja-lo vezes infinitas...

Até que enfim...
Não me interessa se é perfeito ou não, nem tenho pretensões a tal.

Só quero ter-te dentro de mim e explodir de satisfação.

E quero que explodas também.

E depois??? Logo se vê. Um dia de cada vez.


Por isso,

quando me vires de vestido preto... já sabes!!!!



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